Test Guild

Um Test Guild é uma comunidade interna dentro de uma organização dedicada à colaboração e partilha de conhecimento na área de testes e qualidade de software.

Trata-se de um grupo de profissionais, tipicamente QAs (Quality Assurance), Engenheiros de Testes e outros envolvidos nos testes, que se juntam para discutir, explorar e melhorar as práticas de testes de software.

Origem e aplicação

O conceito de guilds surgiu como parte das práticas de engenharia de software ágil, sendo especialmente popularizado pela Spotify com o seu modelo organizacional.

A ideia era criar estruturas paralelas às equipas de projeto tradicionais, onde as pessoas pudessem conectar-se e aprender umas com as outras sobre áreas de interesse comum, como testes, automação, DevOps, entre outras.

Os Test Guilds são implementados nas empresas para:

  • Facilitar a partilha de conhecimento e boas práticas entre equipas e projetos.

  • Disseminar padrões e ferramentas que otimizam os processos de teste.

  • Resolver problemas complexos de forma colaborativa, tirando partido da diversidade de experiências dentro da comunidade.

Porquê é necessário?

O Test Guild é necessário porque:

  • Cria um ambiente de aprendizagem contínua, permitindo que os profissionais se mantenham atualizados sobre novas ferramentas, técnicas e tendências.

  • Promove a consistência nos processos de teste, pois através da partilha de boas práticas, as equipas evitam a duplicação de esforços e mantêm uma abordagem uniforme aos testes em toda a organização.

  • Incentiva a inovação, através de discussões abertas e partilhas de ideias, surgem novas abordagens e soluções criativas para desafios de teste.

  • Quebra barreiras entre equipas e projetos: ao conectar profissionais de várias áreas, promove-se a troca de experiências e conhecimentos, melhorando a coesão e eficiência.

Quem deve desenvolver e implementar?

Idealmente, o desenvolvimento e implementação de um Test Guild deve ser incentivado pela gestão da empresa, para garantir que o grupo tem os recursos necessários, como tempo, ferramentas e plataformas de colaboração.

Contudo, o núcleo do Guild deve ser composto pelos próprios profissionais de QA e Testes.

Um líder ou facilitador do Test Guild é por norma alguém com experiência na área de testes e paixão pela partilha de conhecimento. Este líder não precisa de ser um gestor, mas deve ter a capacidade de:

  • Fomentar a colaboração.

  • Facilitar reuniões e discussões.

  • Organizar eventos de partilha de conhecimento, como workshops, formações ou conferências internas.

Mais-valias

As principais mais-valias de um Test Guild incluem:

  • Melhoria contínua, pois o guild cria um espaço para que as práticas de teste evoluam constantemente.

  • Estabelecer padrões comuns, pois ajuda a definir e difundir padrões e ferramentas de teste entre várias equipas, aumentando a eficiência.

  • Mentoria e desenvolvimento profissional, dado que os profissionais mais experientes podem orientar os mais novos, promovendo o desenvolvimento de competências.

  • Inovação e experimentação, pois o guild permite que os membros experimentem novas ferramentas e abordagens sem a pressão dos prazos de projeto.

  • Resolução rápida de problemas, através da colaboração entre vários profissionais acelera a resolução de desafios comuns no processo de testes.

Áreas de utilização

Um Test Guild pode ser aplicado em:

  • Empresas tecnológicas, com especial preferência em organizações que desenvolvem software com várias equipas de desenvolvimento e QA.

  • Projetos de grande escala, em que é necessário alinhar práticas de teste entre diferentes equipas.

  • Organizações ágeis, que utilizam métodos ágeis para desenvolver software e desejam fomentar uma cultura de partilha de conhecimento.

O guild pode focar-se em tópicos como:

  • Automação de testes.

  • Testes de desempenho.

  • Testes de segurança.

  • Ferramentas e frameworks de teste.

O Test Guild é assim uma estrutura importante para melhorar a qualidade do software através da colaboração e partilha de conhecimento entre equipa, sendo benéfico para empresas que desejam garantir consistência nos testes, promover a inovação e criar um ambiente de aprendizagem contínua.

 
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