Ser um QA excepcional - é possível?
Para um(a) QA (Quality Assurance) ser considerado excepcional, deve possuir uma combinação de habilidades técnicas, conhecimentos específicos, e qualidades pessoais que o(a) tornam eficaz na garantia da qualidade do software.
Embora este termo/conceito de eficácia possa ser bastante discutível, vou deixar aqui abaixo o que seria o ideal/supra-sumo/mega-master do perfil de um(a) QA, ou seja, aquilo que todas as empresas procura.
Mas como sabemos, existe uma diferença entre a ideia e a realidade.
E, aplicando uma analogia, lá porque eu quero ser o Cristiano Ronaldo, se eu sou mesmo bom(a) à baliza, não há muito a fazer. Tenho de me aprimorar e ser o(a) melhor naquilo que gosto, que me faz feliz e que sei que sou bom(a).
Posto isto, vamos lá então ver algumas das características que colocam um QA no ponto de excepção/super-mega-master:
Conhecimento Técnico Profundo
Habilidades de Programação: Capacidade de escrever scripts de automação, entender e rever código.
Conhecimento de Ferramentas: Proficiência em ferramentas de teste de automação (como Selenium, JUnit, etc.), ferramentas de gestão de testes (como o TestRail ou o QTest) e ferramentas de CI/CD (como o Jenkins).
Mentalidade Analítica e Crítica
Atenção aos Detalhes: Capacidade de identificar pequenas inconsistências e erros que poderiam ser facilmente ignorados/detectados.
Pensamento Lógico: Analisar problemas de forma estruturada e lógica, permitindo a identificação eficiente da raiz do problema.
Excelentes Habilidades de Comunicação
Clareza: Reportar bugs de maneira clara e concisa.
Colaboração: Trabalhar eficazmente com os programadores, gestores de projeto e outros membros da equipa a fim de resolver os problemas existentes (internos ou externos).
Proatividade
Antecipação de Problemas: Capacidade de prever potenciais problemas antes que estes se tornem críticos.
Iniciativa: Propor melhorias contínuas nos processos de teste e na qualidade do produto.
Conhecimento do Domínio
Entendimento do Negócio: Conhecer os objetivos e as necessidades dos utilizadores finais.
Contexto do Produto: Compreensão detalhada do produto e seu contexto no mercado.
Capacidade de Aprendizado Contínuo
Actualização Constante: Manter-se actualizado com as novas tendências, ferramentas e metodologias de teste.
Adaptabilidade
Flexibilidade: Adaptar-se rapidamente a mudanças nos requisitos do projeto e novas tecnologias.
Acredito que esta deva ter sido a tua expressão depois de leres todos os pontos acima!
Como assim saber e ser proeficiente e supra-sumo-mega-master naquilo tudo?!
Conheces alguém assim?!
Tu és assim?!
Não existe nada de mal se fores! Aliás, tens os meus sinceros parabéns e desde já o convite para tomarmos um café e me explicares como é possível toda essa capacidade.
Mas a realidade é que existir uma só pessoa com todas as estas capacidades aprofundadas e sobre as quais é super expert é dificil.
Acabamos sempre por ser deficitários em alguma delas, e está tudo bem com isso!
Nós somos pessoas, não somos máquinas!
Como costumo dizer: Nós temos de saber de tudo e não tudo!
Por isso, sê mesmo bom naquilo que gostas e que sabes que fazes bem! Por norma uma pessoa que é mais técnica acaba por ter mais dificuldade no detalhe e nas partes mais “burocráticas” e vice-versa.
Há espaço e mercado para todos.
Por isso tu podes ser um QA excepcional sim, sem precisares de ser o(a) supra-sumo!
Costuma dizer-se que ‘depressa e bem há pouco quem’ e eu estendo esta expressão popular para a função de QA.
E cabe-nos a nós mostrar às empresas isso!
Foca-te, dedica-te, especializa-te!
Torna-te excepcional. Somos todos(a) substítuíveis, por isso torna-te reconhecido(a) e inesquecível!